05 novembro 2006

Os sintomas

A partir de janeiro, com menos de 08 semanas de gestação, já comecei a sentir as primeiras transformações:
Enjôo, muito enjôo.
A médica me receitou o remédio plasil de seis em seis horas e eu não conseguia passar de quatro horas sem tomar, pois o enjôo era muito transtornador, o que funcionava melhor era o dramin, mas o sono que ele provocava era arrebatador.
Tinha enjôo não só dos alimentos, mas também de coisas e pessoas. Uma vez tive que descer do ônibus, porque olhei uma mulher com uma criança e aquilo me repunou até a alma.
Fome, muita fome.
Se eu ficasse mais de duas horas sem colocar alguma coisa no estômago, o enjôo era tão grande que eu vomitava suco gastrico, pois meu estômago parecia que estava sempre vazio, sem ter o que colocar pra fora e se eu comece algo temperado, também me fazia mal. Não conseguia mais comer almoço do restaurante perto do trabalho porque aquela comida me repunava, talvez fosse o tempero, não sei.
Sono.
O sono, era como uma droga. Os olhos não conseguiam parar abertos e não importava onde estivesse, eu estava em maus lencóis. Quando chegava em casa, sim, caia na cama e me realizava. Nunca vi um sono tao penetrante, parecia que tomava calmante, aquele que eu tomava pra dormir antes de engravidar - aprazolan.
E as roupas?!
Nada mais servia como antes. Jamais imaginei que em tão pouco tempo já iria sentir meu quadril se alargar, fazendo com que minhas calças se tornassem desconfortáveis.
Comecei a comprar os numeros maiores.
E pensar que sempre pensei que estar grávida era só uma barriga a mais...
Que nada...tudo modifica na vida de uma mulher. Barriga, quadril, pernas, pensamentos, seios. Ah, meus seios, já no primeiro dia do atrazo da mestruação parecia que pesavam uma tonelada, de tanta dor e inchaço, foi assim até o quarto mês, direto sem parar. Se hoje não consigo dormir de bruços por causa da barriga, antes não conseguia por causa dos seios. A dor era extremamente desconfortável.
Sabe aquela história de mulher grávida de novela, artista famosa, essas coisas. Não existe!! pelo menos pra mim não existiu. Talvez possa parecer estranho o modo de me expressar aqui, falando coisas como se não estivesse feliz com a a gravidez. Não é esse o fato. Se pudessemos gerar os bebês em tubos, separados de nossos corpos, iria ser interessante, mas não se preocupem, nem tudo e ruim. O ruim e ter que ir trabalhar sentindo todas essas transformações desagradáveis. Se eu pudesse ficar em casa nove meses, estaria tranqüila e realizada.
O ruim é ter que levantar de manhã e ver que nenhuma roupa combina com sua nova forma, a não ser que você esteja nadando no dinheiro e possa ir num shoping comprar roupa de grávida. Só isso já seria gratificante. Por isso penso que já estou preparada e da próxima vez, vou me prevenir antes mesmo de engravidar, isso se houver proxima vez, é claro.
Mas nisso tudo existe algo que faz a gente esquecer por alguns minutos toda essa depre.
Ver aquele sersinho se transformando a cada dia, a cada ultrason. Sentir as primeiras tremidinhas na barriga, sentir que existe alguém que esta vindo ao mundo pra mudar a sua vida. Esse sentimento e a coisa mais maravilhosa que eu pude sentir e que toda mulher nesse estado pode experimentar.
Olha ela ai!!!
Eco de translucência nucal, para ver se não existe probabilidade de o bêbe vir com alguma má formação genética.
Até agora tudo bem, heim?!

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